quarta-feira, 8 de abril de 2015

A CEIA DO SENHOR




O Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão, e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes em que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha.
                                                                (1 Coríntios 11.23-6).


  • O que é a Ceia do Senhor?
  • Como e quando deve ser celebrada?
  • Quem pode participar dela?

Quero esclarecer um pouco desta ordenança de Jesus praticada em nossas igrejas…

UMA INSTITUIÇÃO DE JESUS CRISTO.

… o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão, e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha.
(1 Coríntios 11.23-6).

Observando a expressão “fazei isto”, percebemos que se trata de uma ordem de Jesus. É um imperativo, e fica ainda mais evidente ser uma ordenança para a Igreja, quando Jesus repete a expressão “todas as vezes que”… mostrando que este ato deveria ser parte da nossa prática cristã.

A SANTA CEIA É...

 UM MEMORIAL.

Lugar algum das Escrituras mencionam o pão e o vinho se tornando literalmente o corpo e o sangue do Senhor na hora em que o partilhamos. Pelo contrário, Jesus deixa claro o caráter simbólico do ato ao dizer: “fazei isto em memória de mim”.
A ceia do Senhor é um momento de recordação, de memória do que ele fez por nós ao morrer na cruz para a remissão dos nossos pecados. Quando a celebramos, estamos anunciando a morte do Senhor Jesus até que Ele volte! Os elementos são, portanto, figurativos, e não literais. Porque a Bíblia também usa linguagem figurativa e alegórica.

UM RITUAL DE ALIANÇA.

Os orientais davam muito valor à alianças, e as respeitavam. Quando Jesus institui exatamente o pão e o vinho como os elementos da ceia, ele sabia exatamente o quê estava fazendo. Para os judeus, o pão e vinho faziam parte de um ritual de aliança de sangue, o mais alto nível de aliança a que alguém poderia se submeter.
Ao contrair uma aliança deste nível, as duas partes estavam declarando que misturavam suas vidas e tudo o que era de um passava a ser de outro e vice-versa; por isso Jesus declarou na ceia que o cálice era a aliança NO SEU SANGUE, estabelecendo com isso, na ceia, um ritual de aliança.
No Velho Testamento vemos Abraão indo ao encontro de Melquisedeque, sacerdote do Deus altíssimo, e levando pão e vinho. O que era isto? Um ritual de aliança. Quando ceamos, estamos reconhecendo que realmente estamos aliançados com Cristo, e que nossas vidas estão misturadas, fundidas uma na outra (1 Co.6.17).
Jesus deixou bem claro aos que o seguiam que não bastava apenas simpatizar-se com ele ou segui-lo pelos milagres que operava, mas que era necessário aliança, e aliança no mais elevado e sagrado nível que os judeus conheciam: a aliança de sangue.
Muitos não compreendem isto por não conhecer os costumes da época, mas era a este tipo de aliança que Jesus se referia ao proferir estas palavras:

“Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue, permanece em mim e eu nele (João 6.53-56).

QUANDO nós não participamos da Ceia do Senhor, estamos declarando que não temos parte no corpo de cristo e não fazemos parte do seu corpo. É algo muito sério no mundo espiritual. Santa Ceia é saúde espiritual.
É óbvio que Jesus não falava sobre comer a carne literalmente, mas sim sobre a aliança, sobre mistura de vida; isto fica claro quando o Mestre conclui dizendo que tal pessoa permaneceria nele e Ele nesta pessoa. Este texto também não fala diretamente da ceia, mas sim da nossa aliança com Cristo; embora deixe claro qual é a figura da Ceia: um ritual de aliança onde testemunhamos comunhão entre nós e o Senhor Jesus Cristo.




UM TEMPO DE COMUNHÃO.

No tempo apostólico as ceias eram também chamadas de “ágapes” (ou “festas de amor” – Jd.12), o que reflete parte de seu propósito. As ênfases na expressão “corpo” que encontramos no ensino bíblico da Ceia, reflete esta visão de unidade e comunhão. A mesa é um lugar de comunhão em praticamente quase todas as culturas e épocas, e a mesa do Senhor não deixa de ter também esta característica. (MOMENTO festivo, celebração,união, alegria)

UM ATO DE CONSEQUÊNCIAS ESPIRITUAIS.

Na epístola de Paulo aos coríntios, fica claro que a Ceia do Senhor tem consequências espirituais; ela será sempre um momento de benção ou de maldição para os que dela participam.

BENÇÃO.

“Porventura o cálice da benção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?” (1 Coríntios 10.16)

Observe o termo “cálice da benção”. Isto não é figurado, alegórico, é no sentido real. A Ceia do Senhor traz bênçãos espirituais sobre aqueles que dela participam.
Um outro termo empregado neste versículo, que nos revela algo importante, é “comunhão”; quando ceamos, estamos pela fé acionando um poderoso princípio, temos comunhão com o sangue e com o corpo de Cristo!
Significado de comunhão dentro da língua português:
s.f. Ação ou efeito de comungar. Ato de realizar ou desenvolver alguma coisa em conjunto. Harmonia no modo de sentir, pensar, agir; identificação: comunhão de pensamentos. Em que há união ou ligação; compartilhamento.

Jurídico. Compartilhamento ou posse entre duas ou mais pessoas de uma só coisa; comunhão de propriedades.

Jurídico. Acordo de sociedade que, estabelecido através do casamento, firma um contrato entre os cônjuges: acordo de comunhão de bens. 

Bíblia. Em 1 João 1, João descreve a comunhão dele com Deus como sendo dependente do andar dele na luz da verdade de Deus. Ele tinha aprendido sobre Cristo, de primeira mão, e depois escreveu essa verdade para nosso benefício, para que possamos ter o mesmo tipo de comunhão que ele desfrutava, ou seja, comunhão com Deus. Não há comunhão com Deus para aqueles que andam nas trevas, no erro e no pecado.
(Etm. do latim: communio.onis)

O que isto significa? Quando derramou seu sangue, Jesus o fez para a remissão de nossos pecados, logo, ao comungarmos o sangue, estamos provando que tipo de bênçãos? A purificação, e também a proteção, pois o diabo não pode transpor o poder do sangue para nos tocar (Ex 12.23, Ap 12.12).

E o que significa ter comunhão com o corpo? O corpo de Jesus foi moído porque ele tomou sobre si nossas enfermidades, e as nossas dores carregou sobre si, e pelas suas feridas fomos sarados (Is 53.4,5).

 A obra redentora de Cristo nos proporciona cura física, e na Ceia do Senhor é um momento onde podemos provar a benção da saúde a da cura. Muitos estavam fracos e doentes na igreja de Corinto por não discernirem o corpo do Senhor na Ceia.
Ao falar sobre comungarem com o corpo do Senhor, Paulo se referia não apenas ao corpo do Cristo crucificado por meio do qual somos sarados, mas também ao corpo ressurreto, no qual habita toda a plenitude da divindade e é fonte de vida aos que com ele comungam. Quem participa da Ceia tem vida.
A Ceia do Senhor deve ser um momento especial de comunhão, reflexão, devoção, fé e adoração. Tudo deve ser feito de coração e com reverência, pois é um ato de consequências espirituais.

MALDIÇÃO.

A Bíblia não usa especificamente esta palavra, mas mostra que a maldição pode vir como um juízo de Deus para quem desonra a Ceia do Senhor. Depois de ter dito que ao participar da mesa do Senhor a pessoa está anunciando a morte de Jesus até que ele venha, Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, traz a seguinte advertência:
Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice, pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão porque há entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem. Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.
(1 Coríntios 11.27-32).

Para muitas pessoas, a Ceia é algo que as amedrontam; preferem não participar dela quando não se sentem dignas, para não serem julgadas. Mas veja que a Bíblia não nos manda deixar de tomar, e sim fazer um autoexame antes, pois se houver necessidade de acerto devemos fazê-lo o mais depressa possível (1 Jo 1.9).

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
1 João 1:9-10

Deixar de participar da mesa do Senhor é desonrá-la também! Devemos ansiar pelo momento em que dela partilharemos, e não evitá-la. Mas há aqueles que querem fingir que estão bem, e participam sem escrúpulo algum do que é sagrado; para estes, não tardará o juízo de Deus.
Participar da mesa do Senhor tem consequências espirituais; ou o cristão é abençoado ou é amaldiçoado. Não há meio termo; a refeição não é apenas um simbolismo; não se participa da Ceia do Senhor como se participa de uma cerimônia qualquer, pois é um momento santificado por Deus e de implicações no reino espiritual.

QUEM PARTICIPA.

A Ceia, como ritual de aliança que é, destina-se, portanto, aos que já se encontram em aliança com Cristo; ou seja, aos que já nasceram de novo e estão em plena comunhão com Deus. Há igrejas que só servem a Ceia para quem pertence ao seu rol de membros; considero isto um grande erro, pois a Ceia do Senhor é para quem o serve de todo coração, independentemente de tal pessoa congregar em nossa igreja local ou não; se a pessoa faz parte do Corpo de Cristo na terra, então deve participar da mesa.

É preciso ser:
1.   SER DISCÍPULO DE JESUS: Aceitar a Jesus como seu Senhor e Salvador (Lucas 22.14);
2.   SER BATIZADO: ter compromisso com Deus e com a Igreja (Marcos 16.16);
3.   ESTAR EM COMUNHÃO: com Deus, com o próximo e consigo mesmo (Mateus 22.37-39);
4.   CONFESSAR OS PECADOS: significa reconhecer nossa necessidade do perdão de Cristo e confirmar nosso compromisso com Ele (I João 1.9 e I Coríntios 11.28).
5.   NÃO VIVER EM SITUAÇÃO DE FORNICAÇÃO. . (Apocalipse 21:8 e outras passagens bíblicas) 
Por isso entendemos que o novo convertido deva ser encaminhado para o batismo tão logo seja possível e aqueles que estão vivendo maritalmente regularizadas sua situação.
Os critérios básicos são: estar aliançado com Cristo, e com vida espiritual e pessoal segundo a Bíblia em ordem. Contudo, não proibirei ninguém de participar, apenas ensinarei o que a Bíblia diz, para que cada pessoa julgue-se a si mesma. Nem Judas Iscariotes, em pecado e endemoniado foi proibido por Jesus de participar da Ceia (Lc 22.3,21).
A instrução bíblica é que a pessoa se examine a si mesma, e não que seja examinada pelos outros. Portanto não examino ninguém, nem a proibirei, só instruirei. Se a pessoa insistir em participar de forma indigna colherá o juízo divino. A decisão e a responsabilidade são pessoais e intransferíveis. Bênção ou maldição.

ONDE ACONTECE

Não há um lugar determinado para se realizar a Ceia, onde quer que estejam reunidos os cristãos ela poderá ser feita.
No livro de Atos, lemos que o pão era partido de casa em casa (Atos 2.46), o que nos deixa totalmente à vontade em relação a celebrá-la em nossos templos; mas Paulo ao usar as seguintes palavras: “…quando vos reunis na igreja…” e “Se alguém tem fome coma em casa…” (1 Coríntios 11.18 e 34); revela que na cidade de Corinto a Ceia era praticada também num local maior de reunião para toda a igreja.
Portanto, como nos reunimos no templo e também eventualmente em casas, à semelhança dos dias do Novo Testamento, também podemos praticar a Ceia do Senhor nos dois locais de reunião, sendo que a maior incidência se dá no templo quando reunimos todo o corpo local. (em casa, se houver motivo extremo para tal)

QUANDO ACONTECE.
Entendemos que não há uma periodicidade definida pela Bíblia quanto à celebração da Ceia; Jesus apenas disse:
“… fazei isto, TODAS AS VEZES QUE o beberdes, em memória de mim” (1 Co 11.25b).
Esta expressão “todas as vezes que” nos dá liberdade de fazermos quando quisermos, mas sempre em memória do Senhor Jesus Cristo.
Em nossa igreja, celebraremos a Ceia do Senhor mensalmente no templo, duas vezes ao mês. 1º domingo e 3ª terça-feira

COMO É CELEBRADA

No templo ela é celebrada pelos presbíteros e pastores, que normalmente se serve dos diáconos para que ajudem na distribuição.
O normal é já servimos o pão cortado em pequenos pedaços e o suco de uva em pequenos cálices individuais.
Na igreja primitiva, quando celebrada nas casas, a Ceia do Senhor era também chamada de ágape ou festa de amor. Os irmãos se reuniam para ter comunhão ao redor da mesa, onde tomavam suas refeições juntos; e juntamente com as refeições celebravam a Santa Ceia.
BENEFÍCIOS DA SANTA CEIA DO SENHOR
1- É uma ordenança divina – Obediência.
2- É feita em memória do Senhor – Lembrança.
3- É uma forma de anunciar a Vida de Jesus – Evangelho.
4- Participamos do sofrimento e humilhação de Cristo.
5- Sentimos, também, Sua liberdade, glória, alegria e Paz.
6- Vivemos e anunciamos a volta do Senhor, até que venha.
7- Celebramos com júbilo, louvando, exaltando e adorando ao 
Senhor.

DOUTRINAS ACERCA DA SANTA CEIA.
Consubstanciação é o termo que indica a crença na união local das substâncias do corpo e do sangue de Cristo com a substância do pão e do vinho. Assim sendo, o verdadeiro corpo e sangue de Cristo se encontram presentes real e localmente EM, COM e SOB a substância do pão e do vinho sem modificá-las (transformá-las). Este conceito opõe-se a definição de transubstanciação na qual se crê que a substância do pão e do vinho sejam transformadas na substância do corpo e sangue de Jesus.
Na consubstanciação, as substâncias do Corpo e do sangue de Cristo, se unem a substância do pão e do vinho. Na transubstanciação, não estão mais presentes a substância do pão e vinho, pois estas são transformadas na substâncias do corpo e sangue de Jesus, permanecendo entretanto os acidentes do pão e do vinho.
A consubstanciação também é chamada de empanação e pode ser definida da através da seguinte concomitância teológica: "Assim como Jesus Cristo é Deus que se fez carne através da união hipostática da natureza divina e humana, na Consubstanciação Deus se faz Pão através da união (hipóstase) da substância de Cristo com a substância do Pão e do Vinho".

Transubstanciação é a conjunção de duas palavras latinas: trans (além) e substantia (substância), e significa a mudança da substância do pão e do vinho na substância do Corpo e sangue de Jesus Cristo no ato da consagração. Isto significa que esta doutrina defende e acredita na presença real de Cristo na Eucaristia. É adotada pela Igreja Católica. A Igreja Ortodoxa, Igreja Anglicana , Igreja Luterana e Igrejas Calvinistas, creem na presença real mas não na transubstanciação.
A crença da transubstanciação se opõe à da consubstanciação, que prega que o pão e o vinho se mantêm inalterados, ou seja, continuam sendo pão e vinho.

Simbolismo:- A indicação mais valiosa acerca do significado das palavras instituidoras proferida pelo Senhor Jesus, se encontra no papel que o alimento e a bebida desempenharam no ritual da Páscoa judaica. Jesus disse aos Seus discípulos mediante as Suas palavras, e, o simbolismo profético que usou, que o significado original do rito pascal fora então transcendido, em vista do fato que Ele era (é) o Cordeiro que cumpre as predições e prefigurações do Antigo Testamento.
 (1 Cor 5.7). Semelhantemente, quando Jesus tomou «pão e o cálice» e deu-os aos Seus discípulos dizendo: «Fazei isto em memória de mim...»
Não estava simplesmente a exortá-los para que mantivessem boa comunhão entre si, mas, estava-lhes transmitindo um rito mediante o qual podiam mostrar em símbolo a Sua presença eterna com a Sua Igreja. O pão sob a Sua Palavra Soberana tornou-se o símbolo de Seu Corpo oferecido em Sacrifício redentivo (Heb 10.5-10), e, o Seu Sangue derramado na morte, relembrava os ritos expiatórios do A.T., o que foi no «cálice da benção» sobre a mesa. Este cálice dali por diante fora revestido de uma nova significação, como o memorial de um Novo Êxodo, realizado em Jerusalém. No «pão» e no «cálice», o adorador recebe, «mediante a fé» o verdadeiro Corpo e Sangue de Jesus Cristo. A Santa Ceia é, contudo, um ato «sagrado e espiritual». Ela nos revela o drama do Calvário, da nossa salvação, assim também, transmite-nos a Vitória de Jesus Cristo sobre o pecado, a morte e o diabo. Então, portanto, o «pão» e o «cálice de vinho» simbolizam respectivamente o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Transubstanciação Espiritual:- Contudo, a Ceia do Senhor Jesus é mais do que meramente um símbolo: porquanto fala da realidade da transubstanciação espiritual. Em outras palavras, a substância da natureza humana é paulatinamente transformada na natureza de Cristo; e todos os aspectos da redenção, que envolvem as operações do Espírito Santo, estão inclusos nisso. Assim, pois, a «natureza» de Cristo é Transubstanciada nos remidos, por meio do Espírito Santo. Disso é que consiste a plena comunhão com Ele, essa é a verdade salientada nesse rito. Pode-se esperar, contudo, que o próprio rito da Ceia do Senhor Jesus envolve mais do que meramente a simbologia, porque o grande propósito Divino da Transubstanciação dos remidos, segundo a natureza de Cristo, é fomentado e ajudado pelo senso de devoção e piedade que acompanha a celebração da mesma. E o espírito de respeito e solenidade que acompanha esse memorial pode acompanhar a vida diária do remido. Dessa maneira é que a Ceia do Senhor do Jesus é mais do que um símbolo, pois faz parte de uma grande realidade mística (ver João 6.33, 35, 50-56). A Santa Ceia relembra a nossa união e participação na Vida de Cristo, mas não precisamos pensar em alguma participação literal dos elementos místicos do seu Corpo e de seu Sangue (João 6.53).
  
Um casal, homem e mulher, que vivem juntos maritalmente, mas não são casados, podem participar da Santa Ceia do Senhor?

Resposta: Uma consideração que deve ser feita antes da interpretação da Bíblia diante da questão é não trazermos as "concessões da lei dos homens" para adaptar à Palavra de Deus.
Isso reflete em que as permissões da lei dos homens, a legislação, não devem corromper ou forçar a verdade da Palavra no sentido de gerar, também, "concessões" dentro do Corpo de Cristo.
Viver maritalmente, homem e mulher, está hoje, diante da legislação, reconhecido. 
No passado, isso era considerado viver como "amantes". MAS, hoje, a expressão é "viver maritalmente".
Da mesma forma, o homossexualismo era condenado, MAS a lei teve que aceitar as condições de igualdade.
O segredo disso está "no espírito do mundo". 
Uma das inúmeras passagens bíblicas para esse contexto é a carta do apóstolo Paulo aos Efésios, capítulo 2, versículo 1 em diante, que diz: 
" E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados. 
Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. 
Entre os quais todos nós também antes andávamos, nos desejos da nossa carne.
 

O "espírito deste mundo", segundo a eficácia de satanás vai progressivamente impondo seus interesses de corrupção e destruição no curso deste mundo.
Assim, o viver maritalmente, diante da Palavra de Deus é viver em "fornicação", ou seja, é a relação sexual de pessoa não casada, com pessoa casada ou não. 
O adultério é o pecado de pessoas casadas com outras que não são seus próprios cônjuges.
Diante da Palavra de Deus NÃO SÃO CASADOS, MESMO QUE A LEGISLAÇÃO DOS HOMENS RECONHEÇA.
Estando em fornicação, a Palavra de Deus diz que os fornicários não herdarão o Reino dos Céus. (Apocalipse 21:8 e outras passagens bíblicas) 
Se os fornicários não podem herdar o Reino dos Céus, consequentemente, não podem participar da Santa Ceia porque não têm parte com o Reino de Deus, POIS, a Santa Ceia é o Corpo de Cristo, dos salvos.


Todos aqueles que estejam nesta condição "vivendo maritalmente", se realmente temem a Deus e amam verdadeiramente um ao outro, não haverá nenhum impedimento em casar, conforme a Palavra de Deus diz.

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