História do Dia das Mães
Encontramos na Grécia Antiga os primeiros indícios de comemoração
desta data. Os gregos prestavam homenagens a deusa Rheia, mãe comum de todos os
seres. Neste dia, os gregos faziam ofertas, oferecendo presentes, além de
prestarem homenagens à deusa.
Os romanos, que também eram politeístas e seguiam uma religião muito
parecida com a grega, faziam este tipo de celebração. Em Roma, durava
cerca de 3 dias (entre 15 a 18 de março). Também eram realizadas festas em
homenagem a Cibele, mãe dos deuses.
Porém, a comemoração tomou um caráter cristão somente nos primórdios do
cristianismo. Era uma celebração realizada em homenagem a Virgem Maria, a mãe
de Jesus.
Mas uma comemoração mais semelhante a dos dias atuais podemos
encontrar na Inglaterra do século XVII. Era o “Domingo das Mães”. Durante
as missas, os filhos entregavam presentes para suas mães. Aqueles filhos que
trabalhavam longe de casa, ganhavam o dia para poderem visitar suas mães.
Portanto, era um dia destinado a visitar as mães e dar presentes, muito
parecido com que fazemos atualmente.
É comum, no mundo contemporâneo, a comemoração
do Dia
das Mães em todo
segundo domingo de maio. Essa data já se tornou sinônimo de afeto, carinho,
consideração pelas genitoras e também símbolo de consumismo. A despeito do viés
mercadológico, o Dia das Mães é uma data de singular importância para o mundo
ocidental, sobretudo por reforçar os vínculos familiares. Mas como o segundo domingo de
maio passou a ser considerado, mundialmente, como o Dia das Mães?
Desde a Idade Antiga há relatos de
rituais e festivais em torno de figuras mitológicas maternas e de fenômenos
como a fertilidade. Na Idade Média, havia também muitas referências a respeito
da figura da Mãe, sobretudo o simbolismo judaico-cristão com as figuras de Eva
e Maria. Mas foi apenas no início do século XX que as mães passaram a ter um
dia oficial para serem homenageadas. A escolha da data (todo segundo domingo de
maio) remete à história da americana Anna
Jarvis.
Anna Jarvis perdeu sua mãe, Ann Marie Reeves Jarvis, em maio
de 1905, na cidade de Grafton, no estado da Virgínia Ocidental, EUA. Com a
morte da mãe, Anne, diante do sofrimento e da dor que sentiu, decidiu organizar
com a ajuda de outras moças um dia especial para homenagear todas as mães e para
ensinar às crianças a importância da figura materna.
Anne e suas amigas eram ligadas à
Igreja Metodista da cidade mencionada acima. Em 10 de maio de 1908, o grupo de
Anne conseguiu celebrar um culto em homenagem às mães na Igreja Metodista
Andrews, em Grafton. A repercussão do tema do culto logo chamou atenção de
líderes locais e do então governador do estado de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock.
Glassock definiu a data de 26 de abril de 1910 como o dia oficial de
comemoração em homenagem às mães.
Logo a repercussão da celebração
oficial em âmbito estadual alastrou-se para outras regiões dos Estados Unidos e
foi adotada também por outros governadores. Por fim, no ano de 1914, o então
presidente dos EUA, Woodrow
Wilson, propôs que o dia nacional das mães fosse
comemorado em todo segundo domingo de maio. O importante a ser mencionado é que
a decisão de Wilson foi tomada a partir de sugestão da própria Anna Jarvis, que
ficou internacionalmente conhecida como patrona do Dia das Mães.
No caso do Brasil, o Dia das Mães
foi comemorado pela primeira vez em 12 de maio de 1918, na Associação Cristã de
Moços de Porto Alegre. Em outros lugares, houve também outros focos de
comemoração de mesmo teor, geralmente associados a instituições religiosas. Mas
foi somente em 1932, durante o governo provisório de Getúlio Vargas, que o
Dia das Mães passou a ser celebrado segundo o molde dos Estados Unidos, isto é,
em todo segundo domingo do mês de maio.
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