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Wanda, personagem de Totia Meireles em "Salve Jorge", na cadeia. |
Após muitas
críticas e ameaças de boicotes por parte dos evangélicos à trama de Glória Perez,
a novela “Salve Jorge” seguiu em frente e chegou ao fim na última sexta-feira,
dia 17 de maio, atingindo 45 pontos segundo o Ibope. A grande surpresa e destaque
do último capítulo de "Salve Jorge" foi o final da vilã Wanda, vivida
pela atriz Totia Meirelles, que terminou na prisão e convertida ao evangelho de
Jesus Cristo, tornando-se uma “crente.”
"Eu aceitei Jesus". Disse a
ex-traficante à comparsa Lívia Marini, personagem vivido pela atriz Claudia
Raia, que, também presa, articulou para voltar à carreira de crimes com um
figurão que aparece para visitá-la. "Eu preciso de um conde italiano. Cada
um se defende como pode", disse a personagem.
A autora deixou para
dar sua resposta aos evangélicos exatamente no último capítulo da novela. Com
um soco com luva de pelica, ela ironiza e satiriza através da personagem Wanda,
que bandidos facínoras, após presos, aceitam a Jesus na cadeia e se tornam “cordeirinhos”,
pessoas sóbrias, redimidas de suas culpas e erros diante da sociedade. Denotando
que, ao entrar para cadeia, é só aceitar a Jesus e tomar uma postura de
conversão ao Evangelho, que fica tudo certo. E que o mau elemento está redimido
de suas barbáries, homicídios e delitos cometidos ao longo de sua carreira
criminosa. Uma coisa é totalmente distinta da outra: Aceitar a Jesus como
Salvador e pagar suas dívidas com a sociedade. Conversão ao Evangelho é para
remissão e perdão dos pecados através do sangue de Jesus e garantia de vida
eterna. Isto não imuniza ninguém de pagar a sociedade o que realmente deve. A
sociedade tem leis e autoridades competentes para aplicá-las devidamente. Talvez
Glória Perez por desconhecer as Escrituras Sagradas, não saiba que a verdadeira
essência do poder do evangelho é exatamente esta: O poder transformador! O
poder de transformar um bandido e um traficante, numa pessoa de bem, quando de
fato existe uma verdadeira conversão. É o poder que transforma o caráter de uma
pessoa. O Evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo tem o poder de
libertar, limpar, transformar e regenerar um bandido e qualquer outro tipo de
pessoa que vive à margem da sociedade em uma nova criatura em Jesus. Talvez por
desconhecer as Escrituras Sagradas, torno a dizer, ela, Glória Perez, desconheça verdades contidas na mesma, como
está escrito no Evangelho de S. Lucas, cap. 19.10 e no Evangelho de S. Marcos,
cap. 2.17:
Porque O Filho do homem veio buscar e
salvar o que se havia perdido. (Lucas 19.10)
E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os
sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim
chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento. (Marcos 2.17).
Sabemos também que Glória Perez teve motivos muito
particulares e pessoais para fazer o que fez com a personagem Wanda. Há 21
anos, sua filha Daniela Perez, foi brutal e covardemente assassinada pelo seu
então colega de trabalho, que dividiam o mesmo set de gravação da novela De Corpo
e Alma, o também ator Guilherme de Pádua, em coautoria com sua ex-mulher Paula
Thomaz. Hoje, após cumprirem pena, ou parte dela, ambos estão em liberdade e Guilherme
de Pádua dentro da cadeia teve um “encontro com Jesus”, tornando-se um
evangélico “exemplar.” Glória Perez foi a única sentenciada e condenada a prisão
perpétua da dor e a chorar lágrimas amargas e eternas de angústia e de sofrimento
de uma mãe que perdeu a sua filha. Uma coisa me chamou muito a atenção nesse
movimento evangélico de boicotar a novela “Salve Jorge”, através das redes
sociais. Longe de fazer qualquer apologia a telenovelas, pois todas têm em comum
traços e cenas de prostituição, vocabulários torpes, adultério, violência,
crueldade, desequilíbrio emocional, falhas de caráter, de personalidade,
desvios de conduta, inversão de valores e etc... Mera coincidência com a vida
real e nada que não se encontre em qualquer meio social. Acredito que cada
pessoa salva em Jesus Cristo, tem consciência do certo e do errado segundo a
orientação bíblica, além de se ter o Espírito Santo de Deus como Guia e
Condutor, que conduz e dirige, o crente fazendo-o saber até onde pode ir e
chegar. Desacredito piamente que uma novela seja capaz de subtrair a fé de
alguém que esteja firmado nos pés de Jesus, assim também como desacredito que
uma minissérie como “O Rei Davi”, teria o potencial de acrescentar a fé de qualquer
pessoa. Se formos levar em consideração a adaptação feita para a tevê, é melhor
nem comentar. Desse burburinho que se levantou na época, tipo, assistam Rei
Davi (reprise), e não a “Salve Jorge”, eu preferi ficar com o Rei Jesus Cristo
que me salvou e me libertou da escravidão do pecado e me deu direito a vida
eterna.
Como disse, algo me intrigava com relação a todo esse barulho com relação à novela “Salve Jorge”. Anterior a “Salve Jorge”, os crentes assistiram “Avenida Brasil”, novela de João Emanuel Carneiro, em que a trama central circulava em torno de uma mentirosa, inescrupulosa, adúltera de marca maior e tremenda mau caráter, que vivia com seu amante, seu concunhado Max, vivido pelo ator Marcelo Novaes, sob o mesmo teto do seu marido, Tufão, o ator Murilo Benício, a tal da Carminha, vivida brilhantemente pela atriz Adriana Esteves. Suas loucuras e bordões passeavam pelos corredores das igrejas como se fosse a coisa mais angelical do mundo e não houve uma manifestação por nossa parte, os evangélicos, contra a imoralidade e depravação da personagem, mas havia quase que um fascínio por suas vilanias. No mesmo momento, no horário das 18horas, passava a trama “Amor Eterno Amor”, de Elizabeth Jhin, em que a trama central circulava em torno de um espírito desencarnado, chamado Elisa, amor de infância do personagem Rodrigo Prado Borges, vivido pelo ator Gabriel Braga Nunes, que reencarna em Miriam, personagem vivido pela linda atriz Letícia Persiles, que reencontra sua alma gêmea, que é o Rodrigo. E lá estávamos nós, os evangélicos desocupados, torcendo pelo espírito desencarnado e reencarnado, tecendo comentários acerca do casal da telenovela nos bancos das igrejas antes dos cultos. E ainda Havia a “inocente” e cômica “Cheias de Charme”, que não vou comentar o comportamento totalmente imoral da personagem Chayene, aquela do bordão “curica”, interpretada pela atriz Cláudia Abreu. Talvez Salve Jorge tenha causado todo esse frisson ou frenesi pelo sincretismo religioso, de São Jorge e Ogum.
Como disse, algo me intrigava com relação a todo esse barulho com relação à novela “Salve Jorge”. Anterior a “Salve Jorge”, os crentes assistiram “Avenida Brasil”, novela de João Emanuel Carneiro, em que a trama central circulava em torno de uma mentirosa, inescrupulosa, adúltera de marca maior e tremenda mau caráter, que vivia com seu amante, seu concunhado Max, vivido pelo ator Marcelo Novaes, sob o mesmo teto do seu marido, Tufão, o ator Murilo Benício, a tal da Carminha, vivida brilhantemente pela atriz Adriana Esteves. Suas loucuras e bordões passeavam pelos corredores das igrejas como se fosse a coisa mais angelical do mundo e não houve uma manifestação por nossa parte, os evangélicos, contra a imoralidade e depravação da personagem, mas havia quase que um fascínio por suas vilanias. No mesmo momento, no horário das 18horas, passava a trama “Amor Eterno Amor”, de Elizabeth Jhin, em que a trama central circulava em torno de um espírito desencarnado, chamado Elisa, amor de infância do personagem Rodrigo Prado Borges, vivido pelo ator Gabriel Braga Nunes, que reencarna em Miriam, personagem vivido pela linda atriz Letícia Persiles, que reencontra sua alma gêmea, que é o Rodrigo. E lá estávamos nós, os evangélicos desocupados, torcendo pelo espírito desencarnado e reencarnado, tecendo comentários acerca do casal da telenovela nos bancos das igrejas antes dos cultos. E ainda Havia a “inocente” e cômica “Cheias de Charme”, que não vou comentar o comportamento totalmente imoral da personagem Chayene, aquela do bordão “curica”, interpretada pela atriz Cláudia Abreu. Talvez Salve Jorge tenha causado todo esse frisson ou frenesi pelo sincretismo religioso, de São Jorge e Ogum.
Em Salmos 101.3 diz: Não colocarei coisa má diante
dos meus olhos. Odeio a obra daqueles que se desviam. Não se
apegará a mim.
Cabe a cada um
selecionar o que seus olhos enxergarão. Quantas vezes, dominados por dois
demônios chamados “nada a ver” e “não tem problema algum”, permitimos que
tantas coisas demoníacas entrem em nossas casas que vem disfarçado através de
desenhos animados, aparentemente inocentes, que permitimos nossos filhos assistirem
e até reproduzirem alguns comportamentos. Permitimos que a internet sirva de
instrumento do demônio através de redes sociais, bate-papos e pornografias
veladas. Quantas vezes a maldade, a perversidade estão entranhadas no coração
do mais santo cristão que fala mal, que amaldiçoa que humilha e pisa o seu
irmão. E que ainda carrega a soberba e a arrogância com soberania dentro do
coração, exibindo-as através de atitudes e práticas como troféus. Acredito que
seja momento de nós evangélicos revermos os nossos valores e pensarmos quem
realmente somos ou queremos ser: Crentes sérios e reconhecidos pelas marcas de
Cristo em nossas vidas, ou crentes fajutos, cheios de erros e defeitos,
fingindo ser perfeitos para enganarmos a nós mesmos. Porque a Deus, a este, ninguém
engana. Deveríamos procurar resgatar o tempo em que nós, evangélicos, éramos
mais respeitados, éramos mais bem vistos e não tão malhados como Judas em manhã
de Sábado de Aleluia. O tempo em que ser evangélico não era um modismo, mas uma
certeza e convicção de fé em Jesus Cristo e que o dinheiro não era o combustível
para se pastorear uma igreja, mas ganhar almas que estavam e estão perdidas
neste mundo de depravação e pecado. Glória Perez soube aguardar não tão silenciosamente,
mas respondeu no momento oportuno e à altura o que pensa da conversão ao Nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo, por pelo menos por criminosos traficantes carentes
da misericórdia e piedade divinas. Oremos por ela, Glória Perez, tão amada e
respeitada por seu público e por sua classe, para que um dia ela possa ter um
encontro com Jesus e aceitá-lo como único e suficiente salvador de sua vida e
então, assim, descobrir as verdades contidas nas Sagradas Escrituras, ora
ignoradas por ela. – E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João
8.32
A Paz do Senhor!
Texto: Edivaldo
Santos