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Teatro Municipal, Rio de Janeiro, segunda-feira, dia 17, à noite. |
Apesar do confronto direto
com a polícia e dos incidentes causados por vândalos e baderneiros de plantão, cerca
de cem mil pessoas entre jovens e adultos foram às ruas segunda-feira próxima
passada, dia 17, no Centro do Rio de Janeiro, em mais uma manifestação contra o
aumento da tarifa da passagem dos ônibus. Na verdade, o aumento da tarifa é
apenas a gota d’água que fez transbordar a paciência dos cariocas e dos
brasileiros. Entre um inicio pacífico até a Candelária e um final trágico nas
escadarias da ALERJ, muita coisa aconteceu e os R$ 0,20 (vinte centavos) foram
apenas os coadjuvantes deste filme. O protesto que se configurou histórico e
emocionante numa caminhada pacífica que tomou conta da Avenida Rio Branco no
Centro do Rio, uma das mais importantes da cidade, desembocando na Candelária,
um dos cartões postais do Rio de Janeiro, manifestantes protestaram contra o
governador e o prefeito do Rio, respectivamente Sr. Sérgio Cabral e Sr. Eduardo
Paz. Seguros de seus direitos legítimos de protestarem contra o que não acham
correto no governo, os manifestantes protestaram por melhorias no governo, nos
serviços de saúde, educação, transporte e pelo fim da corrupção no país. Uma
onda de passeatas, protestos e manifestações tomou conta das principais cidades
do país como um efeito dominó. A verdade é que o gigante que ora ficava deitado
em seu berço esplêndido despertou forte, seguro e maduro e ao invés de chorar e
lamentar foi para as ruas soltar a voz que estava presa na garganta. O povo nas
ruas fez o Rio de Janeiro parar reunindo manifestantes de todas as idades,
credo, classe social tornando-se uma nação verde e amarela com um único
objetivo e motivada por um só sentimento: insatisfação. “Os manifestantes
gritavam em coro palavras de ordem e cantos que iam de “sem violência”, “Eu sou
brasileiro com muito orgulho, com muito amor”, ao clássico de Geraldo Vandré,”
Pra não dizer que não falei das flores” enquanto outros carregavam flores e
cartazes dizendo o motivo da manifestação, além dos pedidos de paz. A
manifestação atraiu curiosos para as janelas dos prédios comerciais, enquanto
dos escritórios foi lançada uma chuva de papel picado em sinal de apoio a
manifestação. Nas ruas os jovens pediam para que os trabalhadores descessem dos
prédios para aderirem ao protesto ou piscassem a luz das salas comerciais para
saber se recebiam apoio. Para surpresa, as luzes piscaram com efeito de
pisca-pisca de árvore de natal.
Nota lamentável para
a atuação de pessoas descompromissadas com a cidade e com o país, os vândalos
oportunistas, desordeiros e baderneiros que depredaram, queimaram, quebraram e
picharam patrimônios públicos e particulares, que se aproveitaram de um ato de
civismo e civilidade para deixarem seus monstros internos tomarem conta de si,
querendo então manchar com sangue, violência e quebra-quebra uma manifestação
popular que buscava legitimamente seus direitos de cidadãos. Agora é esperarmos
até o dia amanhecer nesta quinta-feira, dia 20, com a mobilização prevista para um milhão de pessoas.
Criticaram o sergio cabral pq ele eh o atual governador, pq se compararmos com os governadores do ultimos 30 anos, podemos concluir q estamos bem servidos de governador... ja esse prefeito...
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